sábado, 19 de dezembro de 2015

Boas Festas!



"Sonhe, busque, espere... 
ame e seja amado!
 Deixe sua alma voar alto... 
pegar carona com os fogos coloridos. 
Mentalize seus desejos mais íntimos e acredite:
 eles também chegarão ao céu. 
Irão se misturar às estrelas, 
irão penetrar no Universo
 e voltarão cheios de energia 
para tornarem-se reais. 
Basta você querer de verdade, 
ter fé e nunca, 
NUNCA desistir deles! 
Boas Festas e que seu ano 
seja pleno de bênçãos e realizações."

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Gente,vou fazer uma parada básica
 de fim de ano aqui no blog.
Volto em 2016! Até lá!
Beijos nas bochechas!

sábado, 12 de dezembro de 2015

Nunca deixar de sentir...


Eu quero crescer. Juro, quero mesmo. 
Quero aprender línguas que não sei. 
Quero conhecer novas culturas, povos, lugares. 
Quero me desapegar do velho.
Quero não me fechar para as mudanças e para o novo.
Quero não acumular rancores nem alimentar mágoas. 
Quero aprender a me pedir desculpa. 
Quero abandonar algumas saudades. 
Quero aprender a conviver com o que 
não posso modificar. 
Quero me mover mais e mais
 e mudar o que está ao meu alcance. 
Quero pouco e quero muito.
 Quero nada e quero tudo.
Quero esquecer o que precisa ser esquecido. 
Quero nunca deixar de sorrir. 
Quero aprender a descascar laranja.
Quero perder o medo de trovão. 
Quero ir. E vir. 
Mas nunca, nunca mesmo,
 deixar de sentir.

Clarissa Corrêa

Oi Gente!Ganhei um selinho de Natal da amiga Small Sandra:



Obrigada!Beijos nas bochechas!

sábado, 5 de dezembro de 2015

O lado de dentro...


… Podem saber da nossa história, 
do nosso passado, 
dos erros presentes, 
das crises presentes, 
das alegrias presentes,
 mas não do que trazemos dentro. 
Ninguém sabe o que somos dentro.
Enxergam, escutam, opinam. 
Mas eles não sabem.
 Eles pouco, ou nada , sabem de nós.
Falar pode esvaziar alguma tristeza, 
sorrir pode nos proporcionar 
a possibilidade de compartilhar uma alegria,
 abraçar pode curar um coração partido,
 um orgulho ferido, 
um sentimento colocado no lugar errado.
As pessoas conhecem a nossa versão, 
o nosso lado, as nossas queixas, 
mas não a nossa essência. 
Pouca gente sabe como a gente
 convive por dentro,
 sente, e é. De verdade.
Apenas nós levamos na bagagem da vida 
a nossa melhor parte,
 e o nosso mais bonito lado:
 o de dentro. (Bibiana Benites)

sábado, 28 de novembro de 2015

O olhar adulto


Lá vão pelo caminho a mãe e a criança, que vai sendo arrastada pelo braço - segurar pelo braço é mais eficiente que segurar pela mão.Vão os dois pelo mesmo caminho, mas não vão pelo mesmo caminho. Blake dizia que a árvore que o tolo vê não é a mesma árvore que o sábio vê. Pois eu digo que o caminho por que anda a mãe  não é o mesmo caminho por que anda a criança.  

Os olhos da criança são como borboletas, pulando de coisa em coisa, para cima, para baixo, para os lados, é uma casca de cigarra num tronco de árvore, quer parar pra pegar, a mãe lhe dá um puxão, a criança continua, logo adiante vê o curiosíssimo espetáculo de dois cachorros num estranho brinquedo, um cavalgando o outro, quer que a mãe veja, com certeza ela vai achar divertido, mas ela, ao invés de rir, fica brava e dá um puxão mais forte, aí a criança vê uma mosca flutuando inexplicavelmente no ar, que coisa mais estranha, que cor mais bonita, tenta pegar a mosca, mas ela foge,seus olhos batem então numa amêndoa no chão e a criança vira jogador de futebol, vai chutando a  amêndoa, depois é uma vagem seca de flamboyant pedindo pra ser chacoalhada, assim vai a criança, à procura dos que moram em todos os caminhos, que divertido é andar, pena que a mãe não sabe andar por não ter os olhos que saibam brincar, ela tem muita pressa, é preciso chegar, há coisas urgentes a fazer, seu pensamento está nas obrigações de dona de casa, por isso vai dando safanões nervosos na criança... se ela conseguisse ver e brincar com os brinquedos que moram no caminho, ela não precisaria fazer análise... 

A mãe caminha com passos resolutos, adultos, de quem sabe o que quer, olhando pra frente e para o chão.Olhando para o chão ela procura as pedras do caminho, não por amor a Drummond, mas para não dar topadas, e procura também as poças de água, não porque tenha se comovido com o lindo desenho do Escher de nome Poça dágua, uma poça de água suja na qual se refletem o céu azul e os ramos verdes dos pinheiros, ela procura as poças pra não sujar o sapato. A pedra do Drummond e a poça de água suja do Escher os adultos não vêem, só as crianças e os artistas...


A mãe não nasceu assim. Pequenina, seus olhos eram iguais ao do filho que ela arrasta agora. Eram olhos vagabundos, brincalhões, que olhavam as coisas para brincar com elas... Mas aí a mãe foi sendo educada, numa caminhada igual a essa, sua mãe também a arrastava pelo braço, e quando ela tropeçava numa pedra ou pisava numa poça de água, porque seus olhos estavam vagabundando por moscas azuis e cachorros sem-vergonha, sua mãe lhe dava um safanão e dizia: "Olha pra frente, menina!"

"Olha, pra frente!" Assim são os olhos adultos. Olhos não são brinquedos são limpa-trilhos. Servem para abrir caminhos na direção do que se deve fazer. Assim eram os olhos daquela minha amiga que os usava pra cortar cebola sem cortar o dedo, até que, um dia, o olho que morava dentro de seus olhos se abriu e ela viu a beleza maravilhosa do vitral translúcido que mora nas rodelas de todas as cebolas, e ela tanto se espantou com o que via que pensou que estava ficando louca...

Coitados dos adultos! Arrancaram os olhos vagabundos e brincalhões das crianças e os substituíram por olhos ferramentas de trabalho, limpa-trilhos. Assim eram os olhos daquele meu amigo médico: não viam nem as orquídeas nem as árvores que estavam dentro de seu consultório. Seus olhos eram escravos do dever. E ele não percebia que as coisas ao seu redor eram brinquedos que pediam ao seus olhos: "Brinquem comigo! É tão divertido! Se vocês brincarem comigo, eu ficarei feliz, e vocês ficarão felizes..." (Rubem Alves)



Veja o mundo num grão de areia, 
veja o céu em um campo florido,
guarde o infinito na palma da mão, 
e a eternidade em uma hora de vida! 
(William Blake)

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